Bem-vindo(s) ao Blog do Duds.
Você que já conhece todo o esquema, é só se encaminhar para o(s) texto(s) abaixo(s) para ler, e depois, comentar (sobretudo aqueles que são obrigados, por mim, a fazê-lo).
Os que estão aqui pela primeira vez saibam que é sempre um prazer receber gente nova com vontade de ler alguma coisa para passar o tempo. E ainda melhor, é receber comentários de gente nova com vontade de ler alguma coisa.
Enfim, este é um blog simples, de uma criatura simples, com textos próprios, umas idéias loucas, cheio de boas intenções, metáforas e bolinhas do pacman.
Divirtam-se.

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domingo, 31 de maio de 2009

Biografie-se

Imagine todos os acontecimentos importantes da sua vida escritos no papel. Consegue imaginar? Agora imagine alguém narrando todos eles ao vivo. Difícil. Todos seus passos e ações, todos seus pensamentos... Será que seria uma história convincente e interessante? Ah, não, não consigo imaginar nada disso acontecendo comigo. Eu não acredito muito no Maktub e nem que alguém lá em cima tenha feito o livro da minha vida quando nasci, mas ainda acho engraçado imaginar essa situação acontecendo. Eu. Minha vida. Um livro.
Uma biografia não está nos meus planos hoje em dia, até por que não existe nenhum fato surpreendente que eu queira compartilhar com alguém... O fato é que eu fico pensando em como seria alguém contando a minha história.
A começar com aqueles resuminhos que ficam no lado de trás dos livros. Geralmente, é esse pequeno texto que faz com que o leitor tenha vontade de começar a ler o livro. Será que alguém conseguiria, com algumas linhas, fazer da sua ou da minha história algo interessante para alguém?
Mas, antes do resumo, vem a capa, claro. Agora, imagine a capa do livro da sua vida. Não conseguiu pensar em nada? Nem eu. Na verdade, pensei sim. Imaginei uma daquelas fotos que nós tiramos todo fim de ano na escola; que, eventualmente, saem horrorosas. Ou uma pintura do seu rosto. Um auto-retrato. (Ignoremos o fato de que um auto-retrato meu assustaria qualquer leitor de uma livraria, então eu provavelmente pagaria alguém para fazer meu auto-retrato).
E o prólogo? Provavelmente, o prólogo de uma vida real começa na intimidade de papai e mamãe, mas eu creio que ninguém vá querer colocar isso num livro para o público. Talvez o prólogo seja pra começar a falar do personagem principal: você, ou eu. Como será que alguém lhe descreveria? Isso é pavoroso. Pois a pessoa que fosse fazer a descrição precisaria ser impessoal, a princípio, então daria ali, ao mundo inteiro, um relato de nossa personalidade nua e crua, com seus defeitos e qualidades humanas, simplesmente. E os seus pensamentos mais íntimos seriam expostos, também provavelmente, o que faria daquilo algo mais pavoroso ainda.
Capa, contracapa, prólogo... Ah, claro, o conteúdo. Essa talvez seja a parte mais fácil. Pois, as coisas acontecem e vão sendo postas ali de forma natural, então, sem mais preocupações, certo? Errado. Os fatos, por mais que possam nos parecer claros, às vezes são tão mais intensos e complicados que nós, sem querer, podemos nos contradizer e cair em armadilhas da vida com facilidade. E, como o escritor é impessoal, mais uma vez ele vai se encarregar de expor nossa medíocre humanidade errante.
Mas nada que vá atrapalhar a chegada de um final feliz. Talvez a parte mais importante e mais esperada, mais feliz e mais triste, mais gloriosa ou mais miserável. O epílogo. Parte essencial e surpreendente, que nunca poderá ser reescrita e que não permite uma volta atrás jamais. Mas é a chance de o personagem principal fechar com chave de ouro o espetáculo de sua vida terrena. É onde o livro termina com um ponto final de verdade, talvez de ouro também...
As pessoas costumam dizer que a vida vai passar com um flash diante dos seus olhos quando estiverem para dar seus últimos suspiros. Mas eu, particularmente, preferiria ter em minhas mãos um livro sobre ela. Um livro que eu pudesse ler, do inicio até o fim, do prólogo até o epílogo. E relê-lo por toda a eternidade.
Mas, voltando ao mundo material, então, uma biografia não é nada mal. Na verdade, uma autobiografia é melhor ainda. E dou um conselho: antes que façam uma biografia sua, faça sua autobiografia. Porque não há ninguém nesse mundo melhor do que você mesmo para contar a sua vida da forma como ela foi escrita pelo destino.

2 comentários:

F. Ramos disse...

isso me lembrou uma conversa que tivemos sobre isso há muito tempo, lembra? acho legal pensar nisso e, sei lá, acho equivocado pensar que ninguém leria a tua biografia, tem tanta gente inútil por aí..q IUAHSDIU ok toddybrinks, mas a questão é que acho que todo mundo tem alguma coisa de interessante pra contar, dependendo de quem quiser ler e do que esse leitor estiver procurando, sabe. e se fosse uma autobiografia, pelo menos seria bem escrita, então já é meio caminho andado. mas acho bem legal a idéia de escrever sobre si mesmo, é uma coisa que eu faria com gosto, fato. ou eu poderia escrever a sua biografia qtal QQ AHISUDHAISUD seria tudo menos imparcial né 'nem'?
deu vontade de ler/comentar agora, numa quinta-feira às 02:08, oiq por isso to escrevendo tanto, é o ócio associado à falta de sono, ó dó.
beijo, duh, belo texto.

'~ Marcelle disse...

Noossa, imaginei uma biografiaaa, é naum daria mt certo, so daria loucuaras e besteiras kkkkkkkkkkkk
Ameii o texto *_*