Bem-vindo(s) ao Blog do Duds.
Você que já conhece todo o esquema, é só se encaminhar para o(s) texto(s) abaixo(s) para ler, e depois, comentar (sobretudo aqueles que são obrigados, por mim, a fazê-lo).
Os que estão aqui pela primeira vez saibam que é sempre um prazer receber gente nova com vontade de ler alguma coisa para passar o tempo. E ainda melhor, é receber comentários de gente nova com vontade de ler alguma coisa.
Enfim, este é um blog simples, de uma criatura simples, com textos próprios, umas idéias loucas, cheio de boas intenções, metáforas e bolinhas do pacman.
Divirtam-se.

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Codinome: Provocação (Soneto VII)

Olhos que dos meus correm
Curiosos, incompreendidos
Vontades que ali morrem
Desejos fortemente contidos

Voz calma e melodiosa
Sussurra em meu ouvido
Traga a sensação gostosa
Confunda meus sentidos

Oh, lindo sorriso, tira meu ar
Magia épica que me enfeitiça
Livra-me do pudor de para ti olhar

Saiba que quando estiver pronto
Basta me dizer hora e lugar
Que proverei nosso belo encontro

sábado, 28 de agosto de 2010

Só diga que me ama.

A noite que cai como um negro véu
Repleto de estrelas, cintilando
Refletindo a luz dos teus olhos no céu
E todo esse brilho nos cercando
Naquele lugar nosso, maravilhoso
Onde nos amamos e corremos
Sentindo no rosto o vento gostoso
Relembrando a história que vivemos
Regozijando-se com aquela sensação
Teu peito sempre fora meu lar
Apertando e pulsando, meu coração
Com teus suspiros, falta-me o ar
Na primavera, aqui voltarei
Para ver-te, amor de minha vida
Mas em teus pensamentos estarei
Ou numa foto esquecida (que não esqueci)
Pois a nossa paixão me chama
Eu estou morrendo de saudade...
Só diga que me ama
E lhe esperarei na eternidade

sábado, 10 de julho de 2010

Genealógico.

Árvore cortada, morta
Onde a tora torra
Ele chora, e chora
E morre.

Leve-me na aurora
Onde o sol morre só
Ele clama, e clama
E sofre.

Onde a mágica acaba
E não há chão, não.
Ele te corta, te corta
E corre.

Peito vazio, alma negra
Onde em mim não terá fim
Ele te chama, te chama
E você morre.

Quadrado.

De mentalidade pouco evoluída
lhe configuro, o invejoso
espelho sem reflexo,
moldura sem pintura,
coração vazio, cabeça oca.

A única praga que lhe rogo
é que prossiga sua história
nos seus caminhos copiados,
e de passos repetidos,
à sombra do nada.

Onde um dia verás, no teu espelho esquecido,
uma figura estranha, obscura.
Teu rosto desconhecido.

sábado, 3 de julho de 2010

Ex-sentimentos e deficiências emocionais.

Vai falar agora o (res)sentimento gritante
Que toma conta de mim agora
Não fuja, não se espante
Ouça, depois vá embora

Sei que a outros você gosta de contar
O quanto engoli perdões e culpas
Mas antes de tudo acabar
De novo, você pedirá desculpas

Saiba que a consciência limpa me conforta
Supera o sentimento que vi morrer
E que, afinal, já não importa
Para um coração cansado de sofrer

Mas continue, siga em frente
Que tal procurar uma nova paixão?
Ou tentar um rumo diferente
Algum cego há de dar-lhe a mão

E no fim você continuará vazio, pedante
E não há nada que eu queira fazer
A quem não me ouviu em nenhum instante
Mas estava em mim, precisei dizer

E a discórdia que tu semeia
Nesse toque sombrio, fatal
Não é proposital, mas creia
Eu vou rir de você no final

terça-feira, 29 de junho de 2010

Destilado.

Tira de mim tudo
me atira ao chão
E no momento esperado
me dê a mão
fique do meu lado

Onde só há tristeza
um vulto, um cheiro, um beijo
jaz meu corpo aniquilado.

sábado, 26 de junho de 2010

Enfim, liberdade.

A velha liberdade colorida
Agora retratada em vermelho
E desfigurada pela doença, daqueles
imundos, tortos, pestilentos
Homens sujos.

Porém, dar-lhe-ão asas, novas
Para que voe alto, além do olhar
dos homens sujos daqui.
E, seguindo teu próprio conselho
Estará no lugar que merece estar.

Aguardam justiça, os que ficam
De mãos dadas às tuas
Esperando um sonho bonito
Onde o respeito venha em primeiro lugar.
E onde nada nos impedirá.
De brilhar, de sorrir, de amar.

Ligações.

- Quero que saiba que superei, só por favor não vá pensar que assumo que errei. Espero que isso leve a algum lugar e que alguém te ame como amei. Lá onde nada disso faz diferença, você pode me visitar. Vou me distrair, me prender a uma crença, me modificar. Deixo tudo como quando cheguei, é melhor desse jeito. O que trouxe, levei; e o que foi presente, levo no peito. Vou ver sua mãe, antes de partir. Não deixe de vê-la nos finais de semana, faça ela sorrir. E cuide da sua saúde, pode me ligar se precisar. Seu remédio fica na gaveta, tente lembrar. Deixo também o meu novo número na geladeira... Eu tenho o seu, de qualquer maneira. Quando ouvir este recado, espero que entenda. Tente ver o meu lado, compreenda. Você sabe que está sendo difícil, você vê. Jamais quis abandonar você. Mas agora é a melhor solução. Às vezes temos que nos libertar das pessoas, e o melhor remédio é a solidão.

domingo, 20 de junho de 2010

I'm Rated

Vejo a carta, agora manchada
De mentiras, jogos de azar
O fundo, na verdade é fachada
A música lembra como amar

Já diziam: beijos não mentem
Mas lábios são dissimulados
Sabem esconder o que sentem
Não vão escolher um dos lados

De mau virás a bom? O que pensas?
Se é o amor que você quer, alguém tem de lhe salvar
Você é a minha doença
Este coração necessita teu ar

Sentimento grosseiro, carnal
Tantas perguntas sem respostas...
Um beijo, um gesto banal
Onde no meu limite, fiz as apostas

Às vezes sinto que preciso cair fora
Esquecer os erros, meus e seus
Sinto que vai chegando a hora
De dizer "Adeus"

É tão difícil virar as costas
Vou rezar, para buscar a redenção
Agora que tudo está à mostra, vou
reabilitar meu coração.


N.A.: Neste texto foram usados ideias/trechos de músicas de R.R.Fenty

domingo, 13 de junho de 2010

Leito de amor e morte (Soneto VI)

Se da espada o meu sangue agora escorre
De meus esforços nenhum foi suficiente
Dentro de mim uma alma agora morre
Do lado de fora, apenas o corpo displicente

Quando em último sopro a vida em mim acabar
É o rosto dela que quero ver
Pois assim, sorridente estarei em meu lar
Onde valha a pena minha'lma padecer

E em teu seio macio inerte deito
Morto, gelado, sem sentido
Satisfeito e feliz em meu leito

Por saber que valeu a pena ter partido
E agora sentir pela primeira vez em meu coração
Que só o amor faz a morte e a vida não serem em vão